Estamos de volta.

Olá,

Já estou de regresso a casa, finalmente!
O Tiago está bem, a cirurgia correu bem, fizeram uma vasectomia (um orifício na bexiga), mais um.
Mas enfim, era o melhor para ele, já que as algaliações já começavam a ser muito dolorosas, e já era com muita dificuldade que era colocada, devido a um traumatismo causado na uretra, devido à algália. Agora já está bem.

Mas na altura do Tiago vir para casa, apanhou uma gastroenterite. Com as fortes diarreias que teve ficou desidratado, muito pálido e com olheiras, fiquei muito preocupada, pois o organismo dele não é muito forte, e fica muito debilitado.

Mas com um tratamento e com bastantes líquidos, graças a Deus já voltou quase ao normal.

Nesse dia talvez devido a estar muito fraco, começou por ter um episódio de baixa de saturação (falta de oxigénio), mais um susto.
Disseram que dos pulmões não era nada, mas na opinião dos médicos, deve-se á sua doença, por ser progressiva, está a piorar, pois para além do ventilador, precisa que os músculos não percam a força.
Na minha opinião disse-lhes que queria viver o presente, pois nunca me deram a certeza de nada até agora, por isso, logo se vê.
Já me basta dizerem-nos coisas que depois não se verificam, até para espanto deles.
Depois vêm sempre com a mesma lenga lenga como se nós já não soubéssemos de tudo. Penso que ficam frustrados por desconhecerem muitas coisas sobre o Tiago, mas têm sempre de aparentar que sabem tudo.

Acho que os médicos pediatras, que lidam com crianças e respectivos pais, deveriam ter uma formação psicológica mais forte no curso. Há maneiras e maneiras de dizer as coisas. Quanto estão envolvidas crianças as emoções e sentimentos são muito mais fortes. Existem médicos que simplesmente não tem preparação para essas situações, e dizem as coisas de uma forma tão insensível que até assusta. Apanhei médicos no São Francisco Xavier e na Estefânia, que na altura só me apeteceu mandá-los àquela parte e outros em que eu e o meu marido tivemos de nos conter para não lhes dar um par de estalos na tromba (desculpem a expressão), pela sua arrogância e prepotência. Mas também lidámos com outros que têm outras formas de abordar a situação, que falavam connosco, explicavam-nos as coisas, e que indirectamente nos diziam aquilo que outros dizem de uma forma seca e bruta, ou simplesmente nos dizia, que não sabiam. Acreditem, é uma grande diferença, mesmo que o resultado final seja o mesmo.
Não queremos que nos dêem esperança (essa temos nós de sobra), mas também não quero que afirmem coisas que depois não acontecem. Prefiro que me digam que simplesmente não sabem. Mostra humildade e respeito pela própria medicina que infelizmente ainda não tem respostas para tudo.

Para mim, só Deus é que sabe.

Cheguei a casa muito cansada, mas já recuperei um bocado, passar dia e noite sem sair do quarto, com todo o stress que surgiu, é dose....

Bem, espero regressar ao meu dia a dia, sem mais preocupações.

Mais uma vez as encomendas atrasaram-se…

Até á próxima e obrigada

Maria Poeiras